A política econômica de Paulo Guedes não é de liberdade econômica, é de omissão econômica.
O mundo não desabou, mas as trincas estão visíveis, estalando e crescendo. Os avisos de tempestade estão sendo repetidamente dados.
A economia da Alemanha estagnou (redução de 0,1%), a curva de juros norte-americanos inverteu-se (o juro pago pelo Tesouro de curto prazo mais alto que o de longo prazo) pela primeira vez desde a crise de 2008 e nosso terceiro parceiro comercial, a Argentina, meteu-se numa crise paralisante.
Se estivéssemos bem, já seria ruim.
Mas estamos no osso, com crescimento zero do PIB no primeiro semestre, isso com governo novo e aprovação da reforma previdenciária que, diziam todos os “sabidos” iam nos dar a pulsão necessária para retomar o crescimento.
Mas nós estamos cuidado de dispensar alvará e liberar o trabalho aos domingos, o que já está liberado faz tempo para as empresas para as quais isso compensa e que não tem o menor impacto na grande maioria, que não tem como aumentar as horas trabalhadas pela simples razão de que não há demanda para seus serviços e produtos.
Chutamos o balde com a Europa para ir ao barbeiro, esfriamos nossa relação com a China, dizemos uns desaforos para los hermanos e vamos atrás de um acordo de comércio com os Estados Unidos que só tem uma maneira de sair em médio prazo: cedermos tudo.
Os avisos estão todos dados e a reação no “Posto Ipiranga” é nenhuma.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)