Ninguém se espante que, na semana que vem, volte a cair expressivamente a previsão do PIB brasileiro para este ano, já arriado a modestíssimos 0,81% nas estimativas dos agentes financeiros feitas no Boletim Focus, do Banco Central.
Nem mesmo o “refresco” dado por Donald Trump aos mercados financeiros mundiais, hoje, adiando para dezembro as sobretarifas impostas aos chineses vai evitar que o impacto das eleições argentinas (e a perda de 22%, em dois dias, do valor do peso) e do índice negativo de desempenho da economia se reflita numa queda forte das previsões.
Entre os departamentos econômicos dos bancos já se especula que o crescimento do PIB ficará em 0,5%.
Se, claro, “correr tudo bem. Porque os números acumulados no primeiro semestre são muito piores: negativos para a indústria, o comércio e os serviços.
Há um descolamento evidente entre a valorização de ativos especulativos, como ações, e o desempenho da economia real -a hoje famosa expressão “bolha” – e isso terá de se aproximar cedo ou tarde. Como ninguém espera que a economia real dê um salto para cima, o que haverá é, certamente, uma queda .
A manchete de O Globo, hoje, repete a cantilena de que se adia a “retomada econômica”, mesma conversa que se repete há três anos.
O que parece é que estamos mais perto é de uma “derrubada econômica”.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)