O Brasil não tem qualquer política externa senão a de pendurar-se nos Estados Unidos.
É o único diagnóstico possível diante do que aconteceu nos últimos dias.
Ontem, a declaração do presidente de que o acordo firmado entre a União Europeia tinha muitas “armadilhas” foi a resposta imediata e servil às ordens do secretário de Comercio dos EUA de que “não haja nada nesse acordo que seja contraditório com um acordo de livre comércio com os Estados Unidos”
Ora, não se fala isso de um tratado recém-acertado se não se pretende “melar” o que foi acordado.
Igual não se dá um “bolo” no chanceler da França, segundo maior país do bloco europeu, para ir cortar o cabelo.
E, menos ainda, se justifica isso dizendo que o motivo é que o ministro francês tinha agenda com o vice-presidente brasileiro, com ONGs e com governadores do Nordeste.
O acordo com a UE, está claro, vai para a geladeira. Ou mesmo para o freezer.
A prioridade – ou devemos dizer obsessão? – é um acerto “em cima da perna” com Trump, não pelas vantagens comerciais que traga, mas pelos frutos políticos.
Perde seu tempo quem enxergar qualquer preocupação com a economia em Jair Bolsonaro.
Ele é franco, é sincero: não veio para construir, veio para destruir.
Há uma triste razão para o mérito de indicar-se como embaixador brasileiro nos EUA alguém que saiba fritar hambúrgueres.
Somos nós a “fast food”.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)