BAGUNÇA TOTAL NO ” SEM QUERER , QUERENDO” DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

CHARGE DE MARIGONI

Infelizmente, não há dentro do Congresso brasileiro deputados com estatura política capaz de por um freio de arrumação na balbúrdia que se instalou na Comissão Especial da Reforma da Previdência.

Ontem, convocou-se uma reunião de coordenadores de bancadas para discutir o cronograma da votação.

Não se pôde discutir nada disso, porque Jair Bolsonaro disse ao policiais que “ia quebrar o galho deles”, mudando o texto a ser votado.

Os deputados do “Centrão”, que não abrem o bico no plenário, pressionam nos bastidores por mais concessões no texto.

Afinal convocou-se a reunião para as 13 horas. Vinte deputados, otários, acharam que era para valer e foram para o plenário 2, marcar presença.

Perto das três da tarde, o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos, pediu “mais uma horinha” para o relator aprontar uma “emenda da emenda” de seu relatório.

Como está havendo sessão do Congresso e, depois, sessão deliberativa da Câmara, é duvidoso que a “horinha” não se estenda até amanhã.

Ramos já dispensou os coitados dizendo que “qualquer coisa, eu aviso”.

Como o próprio presidente não se constrangeu em atropelar o relator e o o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, que bateu pé em não haver concessões nos cortes previdenciários – talvez de olho no golpe de uma Capitalização – Parte 2, como abertamente assume Merval Pereira, em O Globo – também os deputados querem emendar o relatório.

Helena Chagas, n‘Os Divergentes, vai na linha do que se comentou mais cedo aqui dizendo que “deputados governistas dizem que, aberta a exceção para os policiais, não haverá argumento possível para barrar emendas e destaques, na comissão especial e no plenário, para beneficiar outras categorias”.

Tales Faria, no UOL, relata que Marcos Pereira, presidente do PRB, reclama que “”Se abrir para uma categoria todas as outras irão querer também. Se Paulo Guedes disser que quer voltar atrás, aí nos avaliaremos.”

Lamento informar aos coleguinhas da imprensa que insistem no “agora vai”que Rodrigo Maia repete todas as semanas, parece estar claro que a reforma entrou em fogo brando, no qual se cozinha Paulo Guedes que, na falta de uma política econômica, toca o samba de uma nota só de que ” só a nova previdência” nos salvará”.

FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)

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