Ontem, ao falar da nomeação do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, as informações eram poucas e, como é responsável fazer, pouco comentou-se dobre o fato de seu “amiguismo” com os filhos da “família Bolsonaro” havia sido determinante para a sua nomeação.
Hoje, a reportagem da Folha mostra que o chefe do banco que responde por um quarto do crédito total oferecido à economia brasileira teve, evidentemente, a indicação dos filhos do presidente, de quem foi – ou é – companheiro de “rapaziadas” e “baladas’, dos filhos do presidente.
Talvez “rapaziada” não se preste a um arrombamento de portão às três da manhã, pois Montezano tinha 3 anos e pico a menos dos 38 que tem hoje.
Não basta dizer que pagou o valor das sentenças de sua dupla condenação.
Cargos como os que manipulam bilhões requerem ponderação, equilíbrio, não rompantes de madrugada.
Como o verão empresários que se sentarão diante dele para discutir dívidas de bilhões?
Arrombamentos são péssima credencial para quem vai cuidar de cofres bilionários, ainda que minguados pelas políticas governamentais de restrição ao crédito.
Montezano é apresentado do “sócio” de um Banco. Desafio a mostrar-se qual era a sua posição acionári e que ela não seja minúscula, porque esta é uma praxe, a de dar algumas ações, para quem é de fato funcionário em cargo de direção.
Entregou-se o maior banco de fomento da América Latina a quem não tem capacidade de geri-lo, mas que tem toda a disposição de explorar politicamente a trajetória do BNDES.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)