Esta segunda-feira, 17 de junho, é um dia de luto para a engenharia nacional. A Odebrecht, que no seu ápice chegou a empregar 200 mil pessoas, ingressou com um pedido de recuperação judicial que resultará num calote de R$ 51 bilhões nos bancos, o maior da história do Brasil.
Coincidência ou não, a quebra da Odebrecht acontece no mesmo momento em que o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol são acusados de fraudar um processo judicial contra o ex-presidente Lula, com a finalidade de retirá-lo da disputa presidencial de 2018.
Qual é, portanto, o legado do ‘combate à corrupção’ no Brasil? Uma eleição fraudada, a democracia em frangalhos, a economia arruinada, a maior empreiteira do país em concordata e os engenheiros brasileiros convertidos em motoristas de aplicativos.
Terá sido só um efeito colateral ou será que foi exatamente este o projeto traçado para o Brasil pelas forças que vêm conduzindo a guerra híbrida contra o País? As respostas virão com o tempo e talvez mais rápido do que se imagina, se todos arquivos do Intercept forem abertos.
Em algum momento, cairá a ficha da sociedade. Os e-mails da Lava Jato mostram que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pedia dinheiro diretamente para Marcelo Odebrecht, mas é o ex-presidente Lula quem está preso. O plano era destruir Lula, mas o que se destruiu foi o País.
O Partido da Lava Jato conseguiu chegar ao poder, mas as obras estão paradas, os engenheiros estão desempregados e a conta chegará agora aos bancos, que, por sua vez, a repassarão a todos os clientes. Valeu a pena?
LEONARDO ATTUCH ” BLOG 247″ ( BRASIL)