O sistema prisional brasileiro é, em última instância, responsabilidade do Ministério da Justiça.
Ontem, enquanto o assassinato de presos ocorria no presídio, matando 15 pessoas na manhã de domingo no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, Sérgio Moro dedicava-se a “comemorar” as manifestações de apoio que recebia do bolsonarismo.
Sem uma ação imediata, outros 42 homicídios foram registrados hoje em mais três unidades prisionais do Amazonas.
Moro estava mais dedicado à batalha para manter o Coaf e só à noite mandou um grupo de intervenção das Forças Nacionais de Segurança aprontar-se para ir para Manaus.
Não é possível que um presídio onde 56 pessoas tenham sido executadas, em rede de televisão, no reveillon de 2017 não fosse uma instituição onde houvesse alerta máximo para o risco de chacinas.
Tanto estava que, em janeiro, Moro prorrogou a permanência de um contingente das FNS em Manaus. E em março, mandou o próprio comandante da força ao Amazonas.
Então, a tragédia não poderia ser algo inesperado, imprevisível.
Só não era importante.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)