Jair Bolsonaro não junta lé com cré.
Num dia, distribui um texto “apavorante”, onde diz que o Brasil “é ingovernável” e que está sendo manietado pelas “corporações” e pelas “oligarquias”.
Seus seguidores entram em polvorosa e convocam marchas para “invadir Brasília”, “orar para o Presidente” e defender a aprovação sem mudanças de suas propostas.
Três dias depois, Sua Excelência faz um discurso a empresários dizendo que “não existe crise entre os Poderes” e que tudo não passa de “fofoca”. E que as manifestações convocadas para o dia 26 reivindicam apenas “agilidade”, para que o Congresso aprove tudo como achar que deve.
Do que diz o presidente, só uma conclusão se pode tirar: ou ele é um mentiroso ou é um bipolar, ambas características aterrorizantes para alguem que é responsável pelo destino de 210 milhões de brasileiros.
Ao contrário do que acontece com Bolsonaro, o país, ao que parece, voltou a pensar, após a temporada de ódio insano que viveu.
E porque pensa, sua maior preocupação em relação a ele é minimizar os estragos da presença de um energúmeno irresponsável como ele à frente do Governo. Alguém que, como escrevi aqui, porta-se como um destes moleques que toca a campainha das casas e sai correndo, apenas para sobressaltar os moradores.
E para sua “turma de rua” sair, aos gritos, atemorizando políticos semm estofo nem opinião.
O país está enfiado numa crise política e econômica das mais graves e Bolsonaro finge que tudo “é brincadeirinha”.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)