Os Estados Unidos são um país paranoico. Olharam o mapa, compararam as populações, os índices de desenvolvimento e concluíam que o Brasil é uma ameaça em gestação.
Agem pragmaticamente de acordo com essa convicção.
Os generais que puseram Bolsonaro onde está — ou permitiram que ele chegasse lá — são militares da linha dura, os anti-Geisel, treinados pelos americanos e a eles leais.
Praticam o entreguismo militante.
Um dos desvios a que foram levados por essa lealdade é expandir o conceito de “comunismo” para incluir o trabalhismo brasileiro (na verdade, a barreira que conteve a expansão do Partido Comunista) e o identitarismo de confronto sustentado pelas ongs da globalização, que intenta politizar temas culturais em campanhas supostamente revolucionárias.
Aceitaram a destruição da legalidade jurídica, da base industrial e da diplomacia independente.
Só que não basta: os Estados Unidos não admitem mais que o Brasil sequer exista. Vão acabar com ele: Olavo e os filhos do Bolsonaro são peões no jogo.
Os generais descobrem agora que é difícil embalar a criança que pariram.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)