O que ia acontecer, era fácil prever. O que não é possível antecipar, porém, é o quanto vai durar e até que ponto pode afundar a reversão de expectativas nos mercados financeiros após o anúncio feito por Donald Trump de que os EUA vão aumentar as sobretaxas impostas às suas importações da China e, claro, das reações do país asiático.
O Wall Street Journal publica informação, ainda não confirmada oficialmente, de que o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, teria cancelado sua ida a Washington, onde faria mais uma rodada de negociações em busca de um acordo comercial com os americanos.
Ainda sem essa confirmação, porém, o resultado é um desastre. A bolsa de Xangai caiu 5,5%; as bolsas da França e da Alemanha caem acima de 2% – e isso é muito, em mercados estáveis – neste momento. A bolsa inglesa não caiu porque está fechada, hoje. O “premarket” da Bolsa de Nova York vai pelo mesmo caminho, e é possível que e a queda se acentue na abertura do mercado.
Como tem sido dito aqui, a economia brasileira já ia mal quando a mundial navegava em “céu de brigadeiro”. A tempestade da manhã de hoje nos apanha em baixa altitude e baixa velocidade. Portanto, com baixa sustentação ante turbulências que, honestamente, ninguém sabe o quanto podem durar.
O dólar deve passar com folga dos R$ 4 e colocar mais pressão sobre os preços internos.
Como as nossas diretrizes economicas são de “Brasil abaixo de todos, Trump acima de tudo” não temos muito o que fazer para aproveitar oportunidades de negócios com a China.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)