O ministro da Educação, Abraham Weintraub virou bedel? Não, não se engane.
Anuncia que vai cortas verbas da universidades onde ocorrer “balbúrdia”.
Diz que “balbúrdia” é “sem-terra e gente pelada dentro do campus”
Sugere-se dar um rebenque e botas altas para o sr. Weintraub e mandá-lo dizer isso nas universidades norte-americanas onde “rola” daí para “pior”, como sabe qualquer um que tenha assistido aos filmes da “Sessão da Tarde”.
Ou que o MEC inicie um programa de eventos “sérios”, como conferências sobre a “Terra Plana” ou “a influência das roupas azuis e rosa na definição da sexualidade”.
Frequentei a universidade em plena ditadura e nem naquele tempo se cogitou em transformar reitores em “polícia de costumes”.
Entre outras coisas, porque, além de absurdo, é completamente inútil.
Mas não é isso, apenas isso, o que ocorre.
Weintraub sabe disso e apenas busca dar uma capa “moral” ao que pretende, de fato: arruinar o sistema universitário público.
Não é um louco, é um criminoso, como observa sabiamente o jornalista Luís Costa Pinto.
Pior do que seu antecessor, Ricardo Vélez, essencialmente um imbecil.
A reação de insubmissão dos estudantes e professores, que ele espera despertar, será o sinal para uma onda de “dedurismos” dentro da comunidade acadêmica, é previsível.
Gente que se apresentará como fossem paladinos da moralidade e defensores das verbas, bons tolos que são, porque verbas não haverá.
O ministro da Educação sabe bem as lições do nazismo: é preciso por a culpa no “inimigo interno”.
Nem que sejam as meninas que pintam os cabelos de roxo.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)