O PROBLEMA NÃO É OLAVO. MOURÃO SABE, MAS NÃO PODE REAGIR

Hamílton Mourão atira onde pode e como pode.

Fazer “graça” com a astrologia de Olavo de Carvalho seria uma saída pela tangente aceitável em outros casos, mas o caso é mais encima, agora, que Jair Bolsonaro mandou endossar nas suas redes sociais o vídeo em que, embora sem ter o nome citado, Mourão é ridicularizado pelo guru do clã presidencial, Olavo e pelo guri Carlos.

É evidente que o “Mito” está esticando a corda com seu vice.

Não por um embate ideológico, apenas político, pois afastadas as grosserias e as carolices de Olavo, o fundo ideológico é o mesmo: conservador e entreguista, embora o do guru fique seja mais comparável ao “golden shower” norte-americano.

Ocorre que Olavo a ferramenta ideal para enfrentar a linha de “alternatival viável” da qual Mourão – não se sabe se só ou com quanto apoio da “ala militar” do governo – resolveu vestir-se.

Moro e Guedes, os outros “comandantes de destacamente” do governismo, ambos fugiram a este confronto, certamente não sem alguma repugnância ao papel de bajuladores do “bruxo”.

Mourão, desafiado, topou e, agora, é nome maldito para a base social do bolsonarismo.

Por isso disse que atira onde pode e como pode. Não pode atirar em Bolsonaro e não tem como disparar calibre maior que ironias ou escafeder-se em um “não vou discutir com este sujeito”.

Só pode fugir ao combate e esperar que o chefe se desgaste.

E isso lhe custa, caro: custa o papel de “durão” que construiu em toda a carreira.

FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)

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